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Mostrando postagens de 2012

CHLORIDE trial: restrição de cloro preserva os rins

Estudo australiano CHLORIDE ( Chloride High Level Of Resuscitation Infusion Delivered Evaluation ) objetivou determinar se uso de soluções intravenosas com baixo conteúdo de cloro estavam associados a melhores outcomes quando comparados ao uso de soluções com alto conteúdo de cloro. O estudo foi foi delineado com abordagem prospectiva, onde durante 6 meses 760 pacientes foram incluídos no grupo controle e após esse período foi realizado o período de intervenção com 773 pacientes durante mesmo período. Durante o período de intervenção, os pacientes receberam soluções pobre em cloro (Ringer Lactato, Plasma-lyte 148 e Albumina 20%). Avaliação primária do estudo foi realizado sobre o aumento da baseline de creatinina durante a internação e a incidência de lesão aguda renal (AKI - acute kidney injury ) utilizando a classificação RIFLE. Comparando o grupo controle versus o intervenção, obteve-se na avaliação da creatinina séria 22.6 µmol/L vs 14.8 µmol/L (P=0,03). Na avaliaç

Transfusão de concentrado de hemácias não melhora SvcO2 na reanimação de pacientes sépticos

Estudo publicado recentemente propôs avaliar o papel da transfusão de concentrado de hemácias na reanimação de pacientes em sepse grave e choque séptico recebendo EGDT. O estudo avaliou a SvcO2, alteração no SOFA ( Sequential Organ Failure Assessment ), tempo para alcançar PVC > 8 mmHg e uso de noradrenalina para manter a PAM > 65 mmHg; foi desenhado utilizando estudo de coorte restropectivo com n=93. No grupo que recebeu transfusão 71,9% dos pacientes alcançaram a meta de SvcO2 > 70% vs 66,1% dos não receberam a transfusão (p=0,30).  O delta SvcO2 aumentou 4,5% nos pacientes que receberam concentrado de hemácias e 3,1% naqueles que não receberam (p= 0,625), sugerindo que o uso de concentrado de hemácias não melhora a oxigenação tecidual.  Não houve diferença significativa nas outras avaliações do estudo. Portanto a transfusão de concentrado de hemácias não foi associado com a melhora na oxigenação celular, demonstrado pela não melhora da SvcO2. Há necessidade d

HES 130/0,4 vs Ringer acetato: The 6S Trial

A reanimação volêmica do paciente em sepse grave ou em choque séptico é de extrema importância e é um dos assuntos mais controversos. A muito tempo discute-se quem é melhor fluido para a reanimação desses pacientes. O 6S Trial ( Scandinavian Starch for Severe Sepsis/Septic Shock Trial) é um estudo multicêntrico (Dinamarca, Finlândia, Noruega e Islândia), randomizado, duplo cego o qual teve como objetivo avaliar mortalidade e disfunção renal em pacientes com sepse grave e choque cego submetidos a reanimação com HES 6% 130/0,4 ou com Ringer acetato. O estudo contou com 798 pacientes, onde no grupo amido apresentou maior chance de receber transfusão, maior chance de sangramento e necessidade de diálise, além de maior mortalidade. Concluiu-se que com esse estudo que o uso do HES 130/0,4 em pacientes com sepse grave ou choque séptico, foi pior que ao grupo ao qual utilizou-se Ringer acetato, pois houve piora na função renal e aumento da mortalidade aos 90 dias. Ref.:  Perner

Manejo da ventilação

Assegurar uma via aérea desobstruída é importante e é o primeiro passo para prover oxigênio para o paciente. Uma via aérea não beneficiará o paciente a menos que esteja ventilando adequadamente. A ventilação pode estar comprometida por uma via aérea obstruída, mas também por alterações da mecânica ventilatória ou por depressão do sistema nervoso central. A avaliação da ventilação durante a avaliação inicial (ABC) é realizada através da observação do movimento da parede torácica, palpação e percussão da mesma (cuidado pode haver fratura(s) de costela(s)) e auscultação. Dentre as possibilidades de ventilação inadequada estão a presença de dor que torna o padrão respiratório superficial e rápido, patologias de ocupação do espaço pleural (pneumotórax e efusões torácicas) que não permitem a adequada expansão pulmonar e o edema pulmonar que dificulta a hematose. Nos casos onde a ventilação esteja prejudicada por ocupação do espaço pleural deve realizar a toracocentese, que nessa